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Criação de comissão para revisar Enem preocupa especialistas

Avaliação é que interferência eventualmente pode comprometer a qualidade das questões, além de colocar em risco a segurança da prova

Publicada em 20/03/19 às 15:53h - 281 visualizações

por IMAPE-PB / Instituto Majoritário de Pesquisas e Estatisticas


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 (Foto: IMAPE-PB / Instituto Majoritário de Pesquisas e Estatisticas)

A criação de uma comissão, nomeada nesta quarta-feira, 20, pelo Ministério da Educação (MEC) para avaliar as questões do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) preocupa especialistas em avaliação. Eles temem que a interferência de pessoas de fora da área possa colocar em risco a excelência da avaliação e a sua segurança.

A comissão é composta por três pessoas. Um deles é ex-aluno do ministro Ricardo Vélez Rodríguez e terá acesso ao ambiente de segurança máxima onde ficam as perguntas da prova para “verificar sua pertinência com a realidade social, de modo a assegurar um perfil consensual do exame”, segundo o ministério.

Cipriano Luckesi, doutor em avaliação do aprendizado pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), diz que a construção do banco de itens é complexa e levou muitos anos para se consolidar na elaboração do Enem. Ele teme que a interferência possa comprometer a qualidade das questões. “É um problema técnico. Os itens são formados por uma bancada de especialistas de cada uma das áreas. Pessoas sem intimidade com essas áreas têm conhecimento restrito para avaliar a qualidade e a pertinência das questões”, avalia.

Luckesi diz ter ainda uma preocupação com a subjetividade da avaliação do que a comissão pode considerar “pertinente com a realidade social”. “Há anos, o Enem tem questões que abordam a igualdade de gênero e o combate à discriminação, como muitos outros países já fazem em suas provas de ingresso à universidade. Será que essas questões serão retiradas?”, questiona.

Para Ocimar Olavarse, especialista em avaliação educacional pela Universidade de São Paulo (USP), a criação da comissão fere o protocolo de elaboração do Enem, que vem sendo aperfeiçoado desde a sua criação em 1998, e coloca em risco a qualidade e segurança da prova.

“Há todo um protocolo para a elaboração de um item, a testagem antes de ser incluído na prova. Desde o início da elaboração há um procedimento para garantir o sigilo. Os resultados do Enem são usados para a distribuição de bens públicos, que são as vagas em universidades públicas, e isso precisa ser feito com a maior lisura possível”, diz.



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